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Após a ceia de Natal, nutricionista dá dicas de detox


27/12/2016


Após a ceia de Natal, com mesa farta e o resultado refletido nas balanças, bate aquela reflexão e o desejo de mudar de hábitos, principalmente em virtude da saúde e da boa forma. Não é por acaso que muitos decidem correr atrás do prejuízo logo nos primeiros dias do novo ano. Para facilitar este processo e evitar a adoção de dietas mais radicais, o mais adequado é preparar o corpo desde já: numa época de excessos, investir numa alimentação detoxificante pode auxiliar na reeducação alimentar e ajudar o organismo a eliminar as impurezas que atrapalham o corpo e a mente.

Faxina no organismo
Ao findar do ano é comum sentir certa fadiga, como se carregássemos um peso extra. Justamente por isso, muitos reservam tempo para dar aquela faxina na casa e jogar fora tudo aquilo que não tem mais utilidade. Se temos essa necessidade em relação ao lar, porque não fazer o mesmo com o corpo? A sensação de cansaço, stress e falta de energia podem parecer apenas reflexo de um ano cheio de tarefas, contudo, o excesso de impurezas vindas da alimentação, da poluição e até mesmo do uso de medicamentos podem estar por trás desses e de outros sintomas. Quando substâncias nocivas encontram-se acima do normal no organismo, seu acúmulo pode gerar incômodos como prisão de ventre, inchaço, problemas de pele e, inclusive, dificuldade em perder peso.

Eliminando as impurezas

O corpo humano conta com um sistema capaz de identificar o que é nocivo ou irrelevante ao organismo e então eliminar essas substâncias através das fezes, urina, bílis, suor e outros fluídos. Contudo, para que os este processo, também conhecido como detoxificação, funcione de forma eficaz é preciso que o organismo esteja devidamente saudável e nutrido. Infelizmente, nos dias atuais, é cada vez mais comum o consumo de alimentos que fazem justamente o contrário: sobrecarregam o organismo e causam o acúmulo de impurezas.

De acordo com a nutricionista Sinara Menezes, a dieta desequilibrada, com baixo consumo de alimentos naturais e um excesso de processados, açúcares e gorduras propicia essa retenção: A culpa não é só das festas natalinas, mas de uma dieta desregrada ao longo de todo um período. Alimentos como fast foods, guloseimas e industrializados são ricos em corantes e conservantes, substâncias que podem se acumular no organismo e causar uma série de inflamações. A profissional explica o porquê Além de carregarem toxinas para o organismo, são de baixo valor nutricional, portanto, não colaboram para o processo natural de detoxificação, que depende de diversos nutrientes.

Sinara aponta que a própria alimentação pode ser uma das maneiras mais eficazes de combater o problema: com uma dieta detoxificante, também conhecida como dieta detox, é possível fornecer ao corpo os nutrientes necessários para excreção de toxinas. Para a nutricionista, épocas como a virada de ano podem ser as mais adequadas para realizar este tipo de mudança no cardápio Não somente pelo excesso das festas, mas porque é uma forma de reeducar a alimentação e, ao mesmo tempo, excretar as toxinas. É uma boa maneira de iniciar o novo ano com uma rotina mais saudável, estimulando escolhas mais acertadas. – complementa.

Agentes de limpeza

Conforme explica a nutricionista, a dieta detoxificante tradicional deve ser aplicada em casos específicos, pois pode ser bastante restritiva. Porém, incluir alguns alimentos próprios dessa dieta no cardápio pode dar uma força extra para melhorar o processo de excreção de impurezas e ajudar a eliminar os excessos do final de ano. Alguns, inclusive, merecem destaque quanto às suas propriedades nutritivas. São eles:

Couve: altamente nutritiva, as folhas desse vegetal são ricas em vitaminas A, do complexo B e vitamina C. Rica também em sais minerais, a couve possui concentração equilibrada de cálcio e magnésio. É uma ótima fonte de fibras, auxiliando no processo digestivo e beneficiando a mucosa estomacal. É um dos principais alimentos detox, porém também podemos destacar outros vegetais brássicos como o brócolis, repolho, couve-flor, couve de Bruxelas, rabanete e nabo.

Frutas cítricas como a laranja possuem grande poder antioxidante e alta concentração de vitamina C. Graças a essas propriedades, aceleram a excreção de toxinas e impurezas do organismo. Além disso, são de fácil inclusão na dieta, podendo compor sucos funcionais. Frutas como o limão, laranja e abacaxi tem poder diurético, anti-inflamatório e beneficiam o processo digestivo, auxiliando no combate ao inchaço;

Arroz integral: rico em fibras insolúveis, este alimento auxilia na eliminação de toxinas durante o trânsito intestinal. Também é um cereal bastante nutritivo É rico em sais minerais como potássio, cálcio, ferro e uma ótima fonte de vitaminas do complexo B;

Líquidos: beber água é fundamental para que o corpo consiga eliminar as toxinas. Este é um dos componentes mais importantes no processo detoxificante, presente em praticamente todos os excrementos. Se o corpo está desidratado o trabalho dos rins é prejudicado; urina, suor e demais formas de expulsar as impurezas também ficam minimizados. Além da água, o chá verde e a água de coco podem ajudar nesse aporte, inclusive, como ingredientes de um suco detox. Hidratar-se bem é essencial

Detox emagrece?

Bastante conhecido, o termo ficou popular entre as dietas de emagrecimento. Contudo, este não é seu principal objetivo, e sim, uma consequência. Como o acúmulo de toxinas gera constipação, inchaço, retenção de líquidos e outros processos inflamatórios, é natural que ao expulsar essas substâncias nocivas do organismo, o metabolismo passe a trabalhar melhor e a redução de medidas aconteça: Apesar deste não ser seu objetivo principal, a dieta detox pode ser uma boa estratégia para iniciar uma reeducação alimentar e um plano de emagrecimento. A perda de peso pode acontecer, de fato, porém em virtude da adoção de uma alimentação mais saudável e o abandono de hábitos prejudiciais.

O que pode e o que não pode?

A dieta ganhou, inclusive, diversas versões, desde as mais restritivas às mais light, podendo ser mais ou menos permissiva conforme o perfil e necessidade do indivíduo. Porém, para permanecer fiel ao seu propósito, alguns itens devem ser categoricamente evitados durante o período: alimentos gordurosos ou ricos em açúcar, industrializados, frios e embutidos; refrigerantes, bebida alcoólica, cigarro, entre outros. Dependendo do objetivo, a dieta também pode restringir ou minimizar o consumo de sal, carne vermelha, farinha branca, glúten e lactose.

No geral, a dieta detoxificante se resume, principalmente, à comida de verdade, ou seja, alimentos naturais. Obviamente alguns possuem propriedades detoxificantes mais elevadas. Contudo, os cuidados não se resumem somente à escolha dos ingredientes do cardápio: o preparo também é muito importante. Frutas, legumes e vegetais devem muito bem higienizados para eliminar ao máximo a presença de agrotóxicos. Se possível, dê preferência a alimentos orgânicos. Além disso, é preciso cuidado com a dieta como um todo De nada adianta tomar um suco detox no café da manhã e comer um x-burguer no almoço – enfatiza a nutricionista.

Quem pode fazer?
Apesar de benéfica e nutritiva, a dieta detox não pode ser seguida deliberadamente: por ser restritiva e influenciar sob tudo q ingerimos, deve ser acompanhada por um médico ou nutricionista. Justamente por essa razão, não é recomendada para pessoas que fazem uso de medicamentos, gestantes e lactantes. Outro ponto importante é que ela não é uma dieta ordinária, mas sim, uma terapia funcional, que deve ser adotada ocasionalmente, em períodos específicos. Dessa forma, mesmo para aqueles que desejam apostar na dieta detox para uma reeducação alimentar, a orientação de um profissional também é indispensável: somente ele poderá indicar o tempo adequado e um cardápio rico em alimentos detoxificantes, sem comprometer a oferta nutricional.

Fonte: http://odiariodemogi.com.br/apos-a-ceia-de-natal-nutricionista-da-dicas-de-detox/



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